sexta-feira, 22 de julho de 2011
Muticom: Especialistas falam da representação da felicidade nos processos comunicativos
Hoje, dia 22, às 19:30h, no Ginásio Poliesportivo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) acontecerá a cerimônia de encerramento do 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação, o Muticom. Neste evento será entregue o símbolo do Muticom para os representantes da arquidiocese de Natal (RN), próxima cidade escolhida a sediar o encontro, em 2013.
Antes, nesta manhã, aconteceu o painel “A representação da felicidade nos processos comunicativos”, com os conferencistas Jurandir Freire Costa, psicanalista e professor do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); padre Jesus Hortal Sanches, professor do Departamento de Teologia da PUC-Rio e o sociólogo Marcelo Ramos.
Falando sobre “Autorrealização e o envolvimento com o outro”, o sociólogo Marcelo Ramos destacou uma pesquisa sua chamada “Happiness Brasil: a cultura material da felicidade”. Nesta pesquisa, Marcelo entrevistou homens e mulheres, de 15 a 65 anos de idade, em oito capitais. Ao todo foram 64 participantes. A pesquisa propõe a elaboração de um diário de felicidade. Os participantes registram por escrito e por foto, em três momentos durante um período de um mês. Ao final, o pesquisador e sociólogo se disse surpreso com a pesquisa.
“Com essa metodologia de pesquisa faz com que o pesquisado seja seu cronista. Toma o lugar do antropólogo. O que mais me chamou a atenção foi que a felicidade passa a ideia de que é vendida, e isso me impressionou”, explicou Marcelo Ramos.
O psicanalista Jurandir Freire Costa falou sobre a “Experiência da imanência e da transcendência num mundo diverso e mutante”. Jurandir afirmou que a busca da felicidade está tornando a sociedade atual “paranóica”, sem saber para onde ir ou pra onde chegar.
“A sociedade atual, na busca da felicidade, sofre. Sempre está faltando alguma coisa. Temos uma obsessão cotidiana. Vivemos uma sociedade punitiva, restritiva, depressiva e preconceituosa. Vivemos num tempo sem paixão e compaixão. Vivemos uma sociedade de consumo, que visa o lucro e que é imoral. Estamos vivendo um mundo de leviandade social, de desastres ecológicos, ou seja, estamos dançando a beira do abismo. Temos que começarmos a mudar os paradigmas sociais já”, exclamou o psicanalista.
O professor definiu o termo felicidade em dois aspectos. “A felicidade é material ou palpável e transcendente”.
Além disso, Jurandir Freire afirmou que a busca da felicidade passa pelo transcendente, que é o encontro com Jesus Cristo, e que o papel da Igreja é muito importante nesse processo. “Não há uma fórmula para se chegar à felicidade, mas sei passa pelo gozo interior, espiritual e físico. E nisso a Igreja é fundamental, o contato e a experiência com Cristo”, disse.
Padre Jesus Hortal Sánchez
Com o tema: “A vida como princípio fundamental da dignidade humana”, o padre Jesus Hortal Sánchez fez um paralelo de felicidade encontrado nos livros e escrituras cristãos. Mostrou como são retratadas as formas de felicidade contidas na bíblia e em outros livros.
O teólogo citou por várias vezes o livro do Apocalipse, explicando suas figuras de linguagem, demonstrando que a felicidade está contida, de várias formas, nas mais diversas ocasiões, por piores que sejam.
“A felicidade esta em Cristo Jesus, em Deus, nosso Pai, e na redenção dos justos. A bíblia é um instrumento divino que demonstra que há salvação e, consequentemente, felicidade na busca do transcendente, que é Deus”, disse o padre Jesus Hortal Sánchez.
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