Quando olhamos a Bíblia é percebível a presença de um Deus que fala, que se comunica. De fato, a história da salvação atesta isto. Deus é comunicação. A fala é um dos dons mais importantes do ser humano. E esta fala se torna palavra e mais precisamente a Palavra de Deus. Esta que é a Encarnação dele mesmo através de seu Filho Jesus Cristo.
O tema central deste domingo é a Palavra. Ela não pode ser entendida se não for dentro a própria experiência. Caso contrário, ela fica vazia. A Palavra tem uma força grandiosa. Ela convoca, reúne, associa. E sendo assim é lamentável que hoje aja uma divisão entre a Palavra proclamada e a vida. Neste sentido foi que Jesus criticou tanto os fariseus.
A Palavra só tem vida se ela for recheada de experiências, como dizia, mas que estas sejam do cotidiano, de algo concreto, não das nuvens.
Para ajudar nesta compreensão da Palavra a catequese, hoje, nos diz que o homem interroga e Deus responde. Ele se comunica. Você já percebeu e respondeu?
Partindo deste comentário inicial é que entendemos a liturgia da Palavra deste domingo. Na 1a leitura do Profeta Isaías (55. 10-11) fica evidente que a Palavra pode superar qualquer obstáculo e executar a vontade de Deus. Ela não tem limites. E, interessante que ela não volta para ele sem cumprir a sua missão. Tamanha é a sua graça em nossa vida quando abrimos o nosso coração para acolhê-la. Por isso, o salmista (Sl 64) tomando para si a imagem da Palavra enquanto semente vai dizer: “A semente caiu em terra boa e deu bons frutos”. Quem acredita que a Palavra caindo em corações bondosos produz muito fruto tem a absoluta certeza da salvação vinda de Cristo da qual os sofrimentos presentes nada são como afirma a 2a leitura (Rm 8. 18-23).
Podemos, caro internauta, lembrar da Campanha da Fraternidade deste ano de 2011 que diz: “ A criação geme e dores de parto” esperando a redenção. Já no Evangelho (Mt 3. 1-23), Mateus nos apresenta dois problemas que ele quer solucionar para a comunidade que se destinou o seu escrito no caso, de judeus cristãos: primeiro, por que o Reino não é aceito por todos em Israel? E segundo, por que muitos que acolheram o Reino depois o abandonam?
Vale lembrar que a parábola por si só já se explica. Pode conferir a partir do versículo 18. No entanto, vale destacar que devemos preparar o nosso coração para acolher essa mesma Palavra que é semeada, hoje, pela Igreja que é a voz de Cristo no mundo. Fica aqui a reflexão: Nosso coração poderá ser terra boa, fértil ou pedregosa? Como abasteço meu coração para que seja uma boa terra?
Deus abençoe a todos!
Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial
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