domingo, 14 de agosto de 2011

XX DOMINGO DO TEMPO COMUM


A todos paz e bem!


Na mentalidade do Antigo Testamento, a humanidade se dividia em dois blocos: de um lado, Israel, povo de Deus a quem pertencia a eleição, a aliança, as promessas divinas; de outro, as nações. Mas a iniciativa de uma salvação de forma universal está abundantemente presente no AT, especialmente em Isaias. O profeta anuncia uma reunião de todos os povos desvinculada de qualquer localização geográfica tendo como fundamento o próprio Messias.

Mesmo tendo Jesus atitudes de caráter quase como que “particularista”, encontramos uma série de textos que exprimem sua admiração pelos estrangeiros que crêem nele. É o inicio da multidão que terá acesso às promessas que ele prediz.

Em Jesus percebemos que as nossas relações com os outros ainda não estão marcadas pelo universalismo do Evangelho. As barreiras de raça, cor, riqueza, cultura, religião, estão presentes escandalosamente no mundo cristão.

Como é percebível, está temática da universalidade da salvação está presente na liturgia deste domingo. Na primeira leitura (Is 56, 1.6-7) depois do exílio (pelo fim do séc. IV ac) o texto profético, como os livros de Rute e Jonas afirma que também o eunuco e o estrangeiro podem pertencer ao povo da aliança, com a condição de praticarem a lei. É a fé que destaca o povo de Deus dos outros, não a raça. O salmo (66) irá dizer que todas as nações hão de glorificar a Deus como aquele que julga o universo com justiça. A segunda leitura (Rm 11, 13-15, 29-32) lembra Paulo afirmando que Deus fez com que a rejeição culpável de Israel redundasse em bem. Facilitou a salvação dos pagãos, e esta por sua vez, provocará a salvação de Israel.

Aqui está um dos segredos do trabalho de Paulo pelos pagãos: salvar Israel. Já no evangelho (Mt 15, 21-28) o evangelista tem a intenção clara: os pagãos participam igualmente do pão da salvação porque se beneficiaram, por sua vez, da piedade de Jesus. A expressão que encontramos na mulher cananéia “comer as migalhas que caem da mesa dos filhos” equivale a receber de Jesus o dom da cura de sua filha. De fato, ela simboliza todo aquele que sente a necessidade da salvação, de vida, de Deus.

Todos são convidados e têm direito a salvação. Só os que têm fé, é que a recebem.

Mediante a esta mensagem da graça da salvação para todos quero lembrar aos pais que se sintam parabenizados por mim e por todos que fazem a Paróquia São João Batista. Rogo a Deus para que continuem sempre sendo estes grandes testemunhos na vida de suas esposas e filhos. Cabe a eles e a todos nós fazermos a seguinte reflexão: sempre vejo meus irmãos e irmãs somente pelas aparências, deixando-me levar por julgamentos preconceituosos?


Deus abençoe a todos. Um forte abraço.


Feliz dia dos Pais !!!


Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial

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