domingo, 11 de setembro de 2011

XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM


Meus irmãos e minhas irmãs, a paz de Cristo para todos!


Quero no inicio desse pequeno comentário acerca da liturgia deste domingo fazer meu pedido de desculpas por semana passada não ter deixado para você o comentário do XXIII domingo do tempo comum. O fato foi o Bailão dos Pais que foi um sucesso e aproveito para agradecer a presença de todos. Os preparativos foram tantos que infelizmente não deu para deixar a mensagem a cerca de tão grande liturgia que se segue neste domingo com o tema do perdão.

Mas falando nisso, vamos refletir um pouco sobre esse tema. A mesquinhez humana procura sempre medidas ou normas de satisfação. Perguntamos-nos: perdoar quantas vezes? Queremos limitar essa graça em nossa vida. Mas Jesus vem nos mostrar que a prática do perdão deve ser sem limites. O número 7 que é mostrado no Evangelho é um número simbólico que significa plenitude. Jesus, assim, dá ilimitação a essa plenitude.

É preciso perdoar sempre. A parábola do Evangelho fala do nosso dever de perdoar sem limites. O seu sentido é que Deus perdoa gratuitamente o pecado a quem lhe pede perdão, demonstrando um amor desinteressado para com os pecadores. O homem deve aprender, assim a perdoar seus irmãos.

Com essas passagens da bíblia relembramos que o perdão das ofensas e amor aos inimigos constituem uma das características mais evidentes e a maior novidade da moral evangélica. Neste sentido, podemos perceber que a história cristã está cheia de exemplos sublimes de amor e de gestos heróicos de perdão e reconciliação para com os irmãos.

Pelos que ainda não vivem a prática do perdão em suas vidas a responsabilidade dos cristãos perante o Evangelho é enorme. Mas vale ressaltar que a iniciativa da reconciliação no coração humano vem de Deus. Não há relação humana, por menor que seja, que não possa melhorar pela reconciliação e o perdão. Primeiro Dele e depois multiplicado por cada um de nós.

Mas como as passagens da bíblia pode nos ajudar a entender o perdão? Vejamos:

Na primeira leitura (Eclo 27, 33-28,9), temos a superação da lei de Talião e uma antecipação do Pai Nosso e do Sermão da Montanha. Estas palavras se baseiam na certeza de que todos temos a necessidade do perdão. O salmo (102) continua essa mesma temática ao dizer com certeza que o “O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso”. O Salmista reconhece esse Deus que não olha para o pecado, mas sim para o pecador que deseja se converter e por isso precisa da sua misericórdia. Na segunda leitura (Rm 14, 7-9) Paulo fala das relações entre os cristãos de tradição diferente.

Ele convida não só a comunidade dos romanos, mas a cada um de nós a um comportamento que respeite todas as comunidades; a um encontro, apesar da diversidade, em obras sempre para o Senhor, ao qual todos pertencem. Já no Evangelho (Mt 8, 21-35) tendo conhecimento do perdão e da sua importância para vida comunitária, Mateus revela o profundo significado deste gesto. O perdão dentro da comunidade deve ser ilimitado, pois Deus perdoou a dívida incalculável que temos com ele. Quem experimenta a misericórdia do Pai não pode andar calculando as fronteiras do perdão e do acolhimento ao irmão.

Fica sempre um pergunta para nossa reflexão: sou compreensivo com os que erram, lembrando-me de que eu também sou humano?

No término deste comentário quero pedir: leia a Bíblia e faça dela uma luz para o seu caminho. Não só neste mês que a comemoramos com muita alegria, mas em todos os dias de sua vida. Que o Espírito Santo te ilumine neste propósito.


São Jerônimo, rogai por nós!!!

Deus abençoe a todos.



Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial

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