sábado, 15 de outubro de 2011
XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM
Meus irmãos e minhas irmãs, a Benção de Cristo para todos.
Vale lembrar, no inicio dessa reflexão, que o que importa para o cristão é o Reino de Deus. Ele é o único absoluto a ser buscado. Jesus veio pregar o reino; esta é a realidade fundamental e clara. Diante desse anúncio, tudo passa para segundo plano. Com isto, Jesus não quer negar a função de César (Evangelho), mas quer atingir seus adversários que não compreendem sua missão e esquecem a questão decisiva.
Os judeus do tempo de Jesus estavam habituados a conceber o reino, inaugurado pelo futuro messias, na forma de teocracia, isto é, como domínio direto de Deus, através de seu povo, sobre toda a terra. A palavra de Jesus revela a existência de um reino de Deus na história, no qual é possível a todos, não só aos judeus, entrar desde já, sem esperar que se inaugure um grande reino político de Deus em toda a terra. De fato, o reino de Deus tanto é possível dentro de um reino pagão como no quadro de uma teocracia, pois não se identifica com nenhum dos dois.
Assim a resposta de Jesus, mostrada por Mateus, situa a questão em termos mais profundos. Para ele, o importante é que o homem reconheça a Deus como único Senhor, pois é no homem que deixa inscrita a sua imagem. Ao imperador, pertence as moedas do imposto, que trazem a sua imagem, mas a Deus é que o homem deve submeter-se pois é o único Senhor.
Vejamos como a liturgia da Palavra nos ajuda na reflexão:
A primeira leitura (Is 45,1. 4-6a), na forma de oráculo em que se anuncia a reedificação de Jerusalém e do templo, Deus apresenta solenemente o instrumento de que se servirá para realizar uma obra tão extraordinária: Ciro, o rei da Pérsia (reinou de 557-529 a.c). A ele são atribuídos os títulos reservados aos chefes do povo e ao Messias futuro pastor. Javé é o único Deus e pode recolher em qualquer lugar seus instrumentos, mesmo pessoas que não pertencem ao povo de Deus como Ciro. O salmo (95) continua a mesma temática do reinado ao dizer que Deus é o soberano de toda a terra e por isso se deve publicar “entre as nações: “Reina o Senhor”! pois os povos ele julga com justiça. Na segunda leitura (1Ts 1, 1-5b) Paulo saúda uma comunidade chamando-a de Igreja. Ele explica porque a chama assim. Ela é Igreja porque a ação do Pai, que ama e escolhe e a ação do Espírito Santo, que opera poderosamente no anúncio do evangelho, obtiveram uma resposta positiva da parte de cada um dos que se uniram em Deus Pai e no Senhor Jesus.
Esta realidade não é algo de oculto, mas se torna visível na fé ativa. Já no Evangelho (Mt 22. 15-21) Jesus é visto como aquele que ensina segundo a verdade, isto é, fielmente, o caminho de Deus, sem se comprometer com ninguém. Neste trecho se percebe que os adversário procuram obrigar Jesus a entrar num terreno meramente político. Mas a resposta do Cristo não propunha uma espécie de divisão entre o poder político e religioso. O que ele quer é situar o homem perante Deus como seu único Senhor.
Meus amados e amadas, em meio a tanta corrupção, os cristãos são chamados e enviados a testemunhar a fidelidade à doutrina de Cristo. Vale se perguntar como eu estou vivendo a frase: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”?
Força e perseverança a todos nós missionários e missionárias do Senhor.
Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial
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