Irmão e irmãs em Cristo.
Com a crise e o fracasso político de Israel se veio a mentalidade de que isso podia ser conseqüência da infidelidade do povo ao desígnio de Deus e de uma falta de confiança em sua proteção. O afastamento do Senhor adquiri um valor pedagógico: ele, que é fiel e misericordioso, não abandona os seus, mas só os chama através da variedade de acontecimentos, à conversão e à obediência sincera.
É preciso uma capacidade de escuta para compreender os caminhos com que o Senhor executa seu plano. Devemos responder à fidelidade de Deus com uma fidelidade sempre renovada, adequada aos tempos.
Se a Igreja não goza mais de privilégios e atenções, se caminhamos para uma situação de “diáspora”, é o momento da fidelidade interior de um apoio que vem agora das comunidades cristãs que encontram sua força na meditação da Palavra de Deus.
O declínio da cristandade e de certa manifestação da fé não significa o desaparecimento da fé salvífica e nem sempre um afastamento de Deus. Pode ser simplesmente o desaparecimento de certos pontos da essência da fé. Essa nova situação em que vivemos é um convite de Deus a uma fé mais madura, responsável, consciente da entrega a ele.
Vale lembrar que Deus está sempre a procura do homem, perseguindo-o. É como se Deus não quisesse permanecer sozinho e houvesse escolhido o homem para ajudá-lo. O chamado de Deus nunca mais cessou na floresta da história. Deus permanece fiel ao homem, busca-o em todas as suas fugas, porque o ama como só Deus pode amar, com a força e a ternura de um Pai que é movido por um amor infinito.
Hoje, como ontem, o problema do homem consiste em fugir desse Deus que o busca. É o homem que se esconde, que procura um álibi. E Deus não se cansa de segui-lo.
As leituras que nos ajudam a aprofundar esse quarto domingo da quaresma, são: (2Cr 36, 14-16.19-23 / Sl 136 / Ef 2, 4-10 / Jo 3, 14-21).
Uma santa quaresma para todos!
Um abraço fraterno!!!
Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial
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