“Cada um de nós precisa de um tempo e um espaço de meditação, de recolhimento, de calma... Graças a Deus é assim! Esta exigência demonstra que nós não somos feitos só para trabalhar, mas também para pensar, refletir, ou simplesmente para ler um livro, um conto, uma estória com a qual se identificar ou ‘se perder’ para se enriquecer”.
A exortação acima foi feita pelo papa Bento XVI no retorno de suas audiências às quarta-feira. Depois de três semanas de pausa no mês de julho, o pontífice fez um encontro aberto a fiéis e peregrinos na Praça da Liberdade, diante de sua residência de verão, em Castelgandolfo. Cerca de 4.500 pessoas lotaram a praça para ouvir a catequese do papa.
“Naturalmente muitos livros de leitura são para a evasão, e isso é normal, mas gostaria de propor: por que não descobrir alguns livros da Bíblia, os mais desconhecidos?”, questionou ainda Bento XVI, que se disse feliz com este ‘reencontro’, que ele conta manter no mês de agosto, mesmo que de forma mais breve e familiar.
Toda a discussão de Bento XVI foi em de alguns aspectos espirituais e concretos, úteis para quem está de férias, assim como para quem está ocupado com o trabalho cotidiano.
O papa citou o Livro de Tobias, o Livro de Ester, o Livro de Rute, o de Jó e o Cântico dos Cânticos, um belo poema simbólico do amor humano. Além destes textos do Antigo Testamento, o pontífice aconselhou a leitura dos Atos dos Apóstolos ou de uma das Cartas do Novo Testamento.
Concluindo, a sugestão do papa hoje foi a de ter conosco sempre uma Bíblia para ‘saboreá-la’ nos instantes de pausa. “Assim, os momentos de distensão podem se transformar em nutrimento do espírito, capaz de alimentar o conhecimento de Deus e o diálogo com Ele, a oração”.
Na série de saudações que seguiram à catequese, Bento XVI dedicou palavras a alguns grupos portugueses e brasileiros.“Queridos peregrinos de língua portuguesa sede bem-vindos! Saúdo de modo especial os portugueses vindos de Vidigueira e do Porto, bem como os brasileiros vindos de Fortaleza. Não deixeis de aproveitar os momentos de descanso para redescobrir na leitura da Bíblia um enriquecimento cultural e, sobretudo, um alimento para os vossos espíritos. Que Deus vos abençoe!”.
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