quinta-feira, 13 de outubro de 2011
XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Meus irmãos e minhas irmãs.
O tema da “convocação” e da “reunião” universais percorre a Escritura em todos os seus livros e define a experiência tanto de Israel como da Igreja.
O desígnio de reunião de todas as nações se realiza em Cristo. Deus quer operar esta reunião através do povo eleito, já precedentemente destinado nos seus planos a ser o instrumento privilegiado da reunião universal. Mas a recusa de Israel o priva do seu privilégio, e a reunião universal se fará em torno do Cristo Crucificado, que ressuscita dos mortos.
Desde o dia de Pentecostes, o sinal e o lugar privilegiado da reunião universal querida por Deus é a Igreja. O milagre das línguas e a presença em Jerusalém de povos vindos de todas as partes do mundo exprimem bem, desde seu nascimento, a natureza e a missão da Igreja, cujo mistério se exprime exatamente em termos de convocação e reunião.
A igreja não será fiel a si mesma se não se colocar como ponte que une os homens não só com Deus, mas também entre si. Tem ela a tarefa de ir ao encontro dos homens e reuni-los onde eles se encontrarem.
Podemos dizer que a verdadeira unidade, a verdadeira reunião dos homens se dá, hoje, também, fora do universo da Igreja, quando não em oposição a ela. A convocação e a reunião dos homens se fazem hoje em torno dos ideais de justiça, de libertação, de tomada de consciência da própria dignidade, que reúnem as massas em partidos e sindicatos. Os homens ainda se reúnem em torno do combate da doença, a fome, a tentativa tirânica de libertar-se das escravidões e das limitações das forças da natureza.
Esta temática da reunião universal se expressa bem na liturgia da Palavra deste domingo, vejamos:
Na primeira leitura (Is 25, 6-10a) temos com o profeta Isaías uma passagem de riqueza doutrinal das mais notáveis de seu apocalipse. De fato, no contexto da vida religiosa do AT, o banquete é um sinal de amizade, de proteção divina e da bem-aventurança. Por isso o salmo (Sl 22) irá nos lembrar que na casa do Senhor nós habitaremos eternamente. Nesta casa será preparado para cada um de nós uma mesa farta de graças à frente daqueles que nos fazem o mal provando assim a justiça de Deus. A segunda leitura (Fl 4, 12-14;19-20) Paulo agradece aos Filipenses a ajuda em dinheiro que recebeu e manifesta-lhes o seu reconhecimento pedindo a Deus que os cumule de graças segunda a sua riqueza. No Evangelho (Mt 22, 1-14) a parábola anuncia no convite ao banquete, a consumação do reino messiânico. A recusa dos convidados resume a atitude de Israel diante de Jesus aqui apresentado como filho do rei. No que diz respeito a sua teologia esta passagem manifesta a vontade salvífica universal de Deus: ele chama todos, bons e maus a pertencer a Igreja. para nós cristãos isto se torna um compromisso: quando se pertence ao Reino, deve-se viver com dignidade a pertença à Igreja.
Penso que a Palavra nos convida a fazermos algumas reflexões: somos preconceituosos? Deixamo-nos levar pela primeira impressão? Só tratamos bem as pessoas que nos parecem simpáticas?
Rezo por todos os missionários e missionários que com muito amor, fé e ousadia anuncia, sem acepção de pessoas, Jesus de Nazaré, o salvador do mundo. Vivamos esse mês lembrando que somos todos, pelo batismo, chamados a missão.
A benção de Deus para todos!
Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial
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