domingo, 23 de outubro de 2011
XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM
Amados e amadas, paz e bem para todos.
Inicio lhes fazendo uma pergunta: são compatíveis o amor de Deus e o amor dos homens, ou, ao contrário, um exclui o outro, de modo que seja absolutamente necessário fazer uma opção?
Os textos mais seguros da mensagem do Antigo Testamento e de Jesus nos levam a crer com certeza que o encontro com Deus renova e aperfeiçoa a atenção e a solicitude para com os homens.
É preciso conhecer o homem para conhecer a Deus, é preciso amar o homem para amar a Deus.
Nunca a Escritura e a Tradição cristã permitiram ao cristão desinteressar-se do homem, sob o pretexto de interessar-se unicamente por Deus. Nunca deixaram de indicar no serviço do homem um modo de servir a Deus.
De fato, como exemplo, vale lembrar que encontrando Deus na oração, o cristão mais cedo ou mais tarde, encontra inevitavelmente os homens que Deus cria e quer salvar.
Assim percebemos que entre Criador e criatura não há distância. Até porque, como sabemos, essa distância foi quebrada pela grande comunicação do Pai que é Jesus Cristo, o Verbo feito carne.
Esse tema da relação entre Deus e o homem é clareado com a liturgia da Palavra desse domingo, veja:
Na primeira leitura (Ex 22, 20-26) se relembra que Deus nos deu um mandamento: Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças. Todos os outros surgiram para indicar como podemos amar a Deus em todo o momento.
Este trecho indica o amor dos estrangeiros, das viúvas, dos órfãos e dos pobres, o modo de viver o amor de Deus. Assim, a passagem se torna a mais clara exegese do evangelho. O salmo (17) demonstra o sentimento do povo de Israel perante Deus ao afirmar que ele é o rochedo e proteção, ou seja, o povo de Israel viu sempre em Deus essa esperança onde podia se abrigar. Na segunda leitura (1Ts 1,5c-10) Paulo mostra que a comunidade de Tessalônica tem a imagem de uma comunidade fervorosa no amor que pode se tornar modelo para outras comunidades. Para que isso aconteça são necessárias três características importantes: 1) acolher a Palavra e tornar-se imitador do Senhor, 2) converter-se se afastando do mal e entregando-se ao serviço de Deus e 3) viver ativamente à espera de Jesus. No Evangelho (Mt 22, 34-40) Jesus apresenta os dois grandes e principais mandamentos de forma que o segundo parece explicação do primeiro.
Ele é realmente o único modo que o cristão tem à sua disposição para testemunhar o mundo, a exemplo de Cristo, o amor de Deus. Portanto, é possível afirmar que no amor do próximo se cumpre a lei.
Em suma, vale lembrar que a mensagem do Evangelho deste domingo exige atos concretos de cada cristão. Amar aos outros “como” a si mesmo. O como é o mais difícil, mas também o mais verdadeiro. Assim eu te pergunto: será que penso neste “como” sempre?
Que Jesus nos ilumine para vivermos sempre o mandamento maior do amor.
Feliz mês missionário para todos!
Deus os abençoe!!!
Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial
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