segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

II DOMINGO DO ADVENTO


Que a alegria do tempo do advento que nos aproxima do natal seja a nossa força!!!

Meu irmãos e minhas irmãs. Aos judeus do século VI a.c que permaneceram na Palestina ou aos deportados para a Babilônia, a palavra do profeta Isaías trouxe à confiança: Deus vem e caminha à frente do seu povo para reconduzi-lo livre, da terra da escravidão à sua própria terra. Bom Pastor, cuida dos fracos e pequenos; Deus forte, alegra-se em perdoar e renovar todas as coisas.

Ao encarnar-se, Ele leva em conta os crescimentos e o comportamento do homem; não o salva sem fé, sem a conversão; toma o tempo necessário para partilhar a vida com seu interlocutor. A santidade de vida que Ele propõe não é só para o juízo final, mas já prepara esse juízo; a oração que sobe do coração não pede só a vinda do Senhor como um acontecimento improviso, mas o lê desde já nos acontecimentos da vida humana.

Neste segundo domingo do advento ainda somos chamados a conversão cristã. Ela é uma maturação contínua, um crescimento contínuo sobre si mesmo, em geral um ato difícil, abri o caminho para Deus na própria carne; sofrimento e desapego do cômodo e habitual; é mudança de vida levada a sério. Em suma, é “crucificar-se” junto com Cristo, nele está a fonte do perdão. Por isso a celebração do sacramento da confissão, que neste tempo é importante, não pode ser privada; é sempre um gesto ao mesmo tempo comunitário e pessoal, como comunitário e pessoal é o pecado.

É como diz Santo Ambrósio: “É como se a Igreja inteira tomasse sobre si o peso do pecador, cuja as lágrimas ela deve partilhar na oração e na dor”.

As leituras deste segundo domingo nos ajudam a aprofundar essa reflexão, vejamos:

Na primeira leitura (Is 40, 1-5.9-11) temos o trecho que se caracteriza como o anúncio festivo do retorno já próximo do povo da Babilônia para Jerusalém. É uma verdadeira explosão de alegria devido ao restabelecimento da amizade entre o povo e Deus que agora volta como o pastor de seu rebanho. No salmo (84) a alegria continua a ser exprimida pelo salmista ao dizer que ”está perto a salvação dos que o temem e a glória habitará e nossa terra”. Percebe-se que voltar para Deus é sinal de alegria e de retomada a aliança. Na segunda leitura (2Pd 3, 8-14) os Apóstolos tiveram que explicar aos primeiros cristãos a demora da vinda do Senhor tendo em vista que isso já estava se tornando confusão em suas cabeças. Eles explicaram a demora servindo-se de Jesus e vendo nisso um sinal da misericórdia de Deus: que todos tenha a oportunidade de arrepender-se.

Mas também o cristão pode apressar-se pela santidade de vida e pela piedade construindo assim novos céus e nova terra, onde a justiça será para sempre. No Evangelho (Mc 1,1-8) depois do título com que inicia a sua obra, Marcos quer apenas fazer o alegre anúncio que tem como conteúdo Jesus Messias e Filho de Deus, dado que o anuncio continua na história. Vale lembrar que o evangelista apresenta o Batista como o precursor do Messias pregando como Isaías e batizando para o perdão dos pecados.

O natal de Jesus se aproxima, busquemos limpar a manjedoura para ele possa nascer e nos transformar em homem e mulheres novos espiritualmente.
Deus abençoe a todos!


Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial

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