terça-feira, 20 de dezembro de 2011
IV DOMINGO DO ADVENTO
Meus irmãos e irmãs.
Estamos nos aproximando da festa do Natal do Senhor e o nosso coração se enche de alegria e paz porque o messias vem, de fato, trazer amor a todos os corações que assim se abrem para o acolher.
A catequese do Evangelho, como a de São Paulo, preocupa-se em afirmar claramente que Jesus pertence à família real de Davi. Evidencia assim a existência concreta de Jesus e o cumprimento das promessas messiânicas.
O filho anunciado a Maria é claramente designado como filho de Davi, pois José, de quem Maria é noiva, pertence à casa de Davi.
Durante sua vida, Jesus não se atribuiu o título de “filho de Deus” (embora o povo assim o chamasse), para não alimentar um nacionalismo fácil e perigoso. Identificando-se com os “pobres” que esperavam uma salvação espiritual, confirma que “a carne para nada serve”, e que todo poder humano não tem consistência. Seu nascimento de uma virgem, como sinal, põe em destaque a força da intervenção de Deus (Evangelho). Sua realeza não é deste mundo.
Caríssimos, Deus coloca sua morada entre os homens e faz da humanidade seu templo; as pedras que dele fazem parte são os homens do seu “sim” incondicional a Deus. Maria é a primeira pedra viva da casa de Deus entre os homens. Depois José: disponível ao plano de Deus, assegura ao menino, que nascerá de Maria por obra do Espírito Santo, a descendência de Davi. Maria, em sua absoluta disponibilidade à vontade de Deus, se torna Mãe do Messias prometido, o Filho de Deus, que “terá o trono de Davi” e seu “reino não terá fim”. Pelo “sim” de pessoas tão humildes, pobres, atentas à vontade de Deus, Jesus, Filho de Davi, entra na história do mundo. Essa é a sua casa, o seu templo.
A Palavra continuar a nossa reflexão, vejamos:
A primeira leitura (2Sm 7, 1-5.8b-12.14a.16) nos lembra que é o Senhor quem constrói a casa, não homem; e a constrói com pedras vivas. Deus lembra a Davi que ele é construtor de todas as coisas e ele mesmo o dará um trono eterno. Esta promessa é um dos eixos da história; resume e concentra na família de Davi as promessas feitas aos Pais e será evocada com freqüência pelas sucessivas profecias messiânicas. Já no salmo (88), Deus recorda que fez uma promessa a Davi, seu servo lhe dando um trono onde firmará sua linhagem e garantirá o seu reinado. Na carta de Paulo (Rm 16, 25-27) temos inicialmente as seguintes reflexões: qual o objetivo da ação de Deus na história?
Que o conhece? Somente aqueles a quem foi revelado, ou seja, os cristãos pelo Espírito Santo.
Nesta passagem fica claro que o mistério antes silenciado e oculto pelos séculos eternos é pouco a pouco revelado pelos profetas e tem sua plenitude em Jesus Cristo no qual todas as coisas são recapituladas. Finalmente o Evangelho (Lc 1, 26-38) tem uma plena conformidade com a 1a leitura, o trecho de Lucas indica na anunciação do anjo a Maria o cumprimento da promessa feita por Deus a Davi. Com a referência a Jacó se quer mostrar em Jesus a realização de todas as promessas.
Também este texto lembra que Jesus está na linha davídica através de José, enquanto no diálogo entre Maria e o anjo se vê o cumprimento das promessas: uma virgem, permanecendo virgem, dará à luz um filho. A realização das promessas em Jesus é obra exclusiva de Deus e não do homem, embora não se dê sem o concurso humano representado pela aceitação de Maria.
Numa última palavra fica a reflexão: para nós, católicos, Maria pode ser modelo de vida. Um “sim” a um convite de Deus pode ser inicio de uma grande obra. Como procuro dizer “sim” a Deus no meu dia-a-dia?
Que a alegria do natal que se aproxima invada o nosso coração.
Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial
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