quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

V DOMINGO DO TEMPO COMUM

Meus irmãos e minhas irmãs, a paz de Cristo para todos.


A enfermidade e o sofrimento que acompanha nossa vida geram um estado de temerosa insegurança. Encarnam a fraqueza e a fragilidade humana, sujeitas à eventualidade do imprevisível. Esta condição humana contrasta com o desejo absoluto de estabilidade e segurança que permanece em todo homem. O homem apresentado na Bíblia também anda à procura da causa desta situação. Num mundo onde a realidade é continuamente referida a Deus, a doença e as desgraças não são exceção.

A reflexão messiânica fará eco esta concepção; o Messias, que inaugurará os últimos tempos, terá o aspecto de Servo sofredor que toma sobre si nossas enfermidades e as cura por suas feridas.

Quando chegarem os últimos tempos, e o Espírito de vida houver renovado a terra, a doença desaparecerá definitivamente. De fato, quando os profetas descrevem a chegado do Reino de Deus, falam de curas de doenças incuráveis: os coxos andarão, cegos verão, etc... por isso, a libertação dos endemoniados e a cura dos doentes, operadas por Cristo, são sinais de que chegaram os últimos tempos e de que o Reino de Deus está no meio de nós. A cura das doenças toma então o valor de sinal; orienta nosso olhar para uma restauração global do homem e do cosmos; torna-se um momento da ação salvífica de Cristo; significa a cura radical que toda a criação alcança em Cristo.

Para melhor aprofundar este tema da enfermidade-cura, vejamos as leituras que nos são proporcionadas para este domingo:

Na primeira leitura (Jó 7, 1-4.6-7) Jó, abandonando toda a defesa inútil contra o acusador Elifaz, que via em sua dor uma culpa, considera a sua vida dentro da dimensão da existência humana. Dá a entender que para Jó só resta duas alternativas: pedir a Deus a morte ou que intervenha para salvá-lo, mas isto implica um ato de abandono total a Deus. Ele não escolhe nem um nem outro e se sentindo inocente faz uma oração a Deus “lembrai-vos”... que lembra a aliança de Israel com seu Deus de bondade. O salmo (146) relembra que Deus é bom e conforta os corações, pois “ele conforta os corações despedaçados e enfaixa suas feridas e as cura” (v. 3). Assim, fica bem claro que cura o homem e mantém sua aliança sempre fiel. Aquele que é curado por Deus de suas enfermidades físicas e corporais deve se por anunciando a Boa Nova como nos lembra Paulo na segunda leitura (1Cor 9, 16-9. 22-23). Ele teria, de fato, muitos privilégios, mas renunciou a isto e sempre pregou o evangelho gratuitamente. Foi uma opção que ele fez e que procura não impor aos outros; o fez para ser fiel a sua vocação.

Esta mesma mentalidade de ser curado e anunciar a Boa nova está no Evangelho (Mc 1, 29-39), pois Jesus é apresentado como o libertador dos males que afligem a humanidade aqui lembrados pela sogra de Pedro que aqueles que recebem a cura. Ele acrescenta que foi para isto que veio não em sentido material, digamos, de Cafarnaum, mas em sentido Teológico, de Deus.

Vale mediante a essa liturgia nos perguntar: onde preciso ser curado por Jesus? Olhe, para a realidade do mundo e perceba quantos e quantas precisam ser curados no seu corpo e na sua alma... reze para que todos possam receber a saúde em Jesus.

Vem aí a Campanha da Fraternidade sobre a saúde pública que vai continuar esse tema da cura, aguarde...
Desejo uma boa semana para todos e que Deus os abençoe!!!


Fraternalmente,


Pe. José Aércio dos Santos Oliveira
Administrador Paroquial

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