sábado, 16 de julho de 2011

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM


Olá, a graça e a paz de Deus para todos!

Certamente você já se encontrou em determinado momento da vida sentindo a ausência de Deus ou se perguntando: meu Deus porque você não age logo nesta situação que estou necessitando? Se você já pensou assim, saiba que deve fazer um exame de consciência e perceber que Deus tem o seus tempo que não é o nosso. Se no antigo testamento vemos muitas lamentações do povo de Israel sobre a ausência de Deus, não sabiam eles que o Pai que tudo sabe e tudo vê estava tão perto que nem imaginavam. E, essa presença se torna visível e mais real em Jesus, o seu Filho. De fato, podemos pensar Deus como aquele que é impaciente, ou seja, como aquele que age mas não de forma rápida ou instantânea como quer a sociedade de hoje.

Deus se revela na brisa suave como lembra a própria Escritura. Realmente ela é o livro da paciência Divina. Por isso a Igreja a ler e medita para, na suavidade, encontrar Deus. Mas não só neste grande sinal ele se revela, mas em tantos outros. Basta ter os olhos da fé. Vale salientar que Jesus encarna esta paciência em sua vida de tal forma que transmite isso para todos que o encontram.

Cada um faz a idéia de Deus que se quer para si. Pode ser um Deus de paciência ou agressivo. Assim, da mesma forma que somos com Ele, somos também com os outros, ou seja, a paciência ou não com Deus é transmitida para os irmãos.

Portanto, somos chamados neste domingo a ter uma atitude não passiva perante o mundo, as pessoas, mas construtiva e tolerante de paciência e respeito pelos tempos e etapas de crescimento do homem e da história.

A partir desta introdução entenderemos melhor a liturgia da Palavra deste domingo. Na (1a leitura – Sb 12, 13. 16-19) do livro da Sabedoria percebemos que a justiça de Deus é tão boa e infinita que Ele castiga o pecado, mas pouco a pouco espera o retorno do pecador para que se converta. Lembremos da parábola do Pai Misericordioso. Uma grande característica de Deus é ser paciente. E você é paciente como filho ou filha dele? O salmo (85) continuará a mesma idéia em seu refrão: “Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel”. De fato, o verso 15 irá dizer: “sois amor, paciência e perdão”. O povo de Israel dava muitas qualidades a Deus e a paciência não poderia ficar de fora.

Quando não conseguimos viver essa qualidade em nossa vida como Deus, o Espírito Santo vem em nosso auxílio como afirma a (2a leitura – Rm 8, 26-27) da carta de Paulo aos Romanos. A certeza do apóstolo é que esse mesmo Espírito intercede em favor dos santos, ou seja, daquele que vive com Deus.

O tema da paciência de Deus se torna bem evidente no Evangelho deste domingo. Nele temos um Deus que quer salvar a todos. Mesmo sabendo que o joio convive com o trigo como lembra a parábola, Deus nos relembra que este perigo não põe em risco o bom êxito do Reino que tem sua presença e acontece misteriosamente na história.

Mediante a esta liturgia da Palavra cabe nos perguntar: temos a liberdade de plantar o bem ou o mal, qual a nossa postura. Quem é você, joio o trigo? Reflita!!!


Que a Trindade Santa abençoe a todos. Um fraterno abraço.



Pe. José Aércio dos Santos Oliveira.
Administrador Paroquial

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